Nas casas noturnas freqüentadas por homossexuais, cultuava-se Dalva. Nos shows, os travestis vestindo tomaras-que-cai ou rabos-de-peixe, com perucas espalhafatosas, dublavam Olhos verdes e A Bahia te espera, fazendo trejeitos de Carmem Miranda, mas não se esquecendo do gesto característico de Dalva no final de cada número, agradecendo com os braços em cruz.
Era o mito cultuado por essas pessoas fiéis, fidelíssimas à estrela. Dalva era rainha, madrinha e protetora, além de confidente das “bichas”.
No auge de sua carreira, muitas vezes brigou com a polícia na Praça Tiradentes, defendendo suas “amigas”, indo para o distrito e só saindo de lá quando estavam liberadas. Nas crises amorosas, o telefone de Jacarepaguá funcionava e quando o caso era grave, a Rua Albano, 142 funcionava como clínica sentimental.
Dalva dava atenção, guarida, seu ombro, seu carinho e conselhos. As “bichas”, por sua vez, desmanchavam-se em atenções à estrela, faziam tudo para agradá-la e eram também confidentes, vendo e ouvindo tudo. Por fidelidade extrema ao mito, no entanto, nada disseram, nada dizem, e nada dirão.
Formando uma verdadeira corte que acompanhou Dalva até a morte.
(Livro: A estrela Dalva- João Elísio Fonseca- Pg 116)
oi valdir, amei o blog da nossa eterna rainha DALVA, vamos falar sempre de DALVA
ResponderExcluirvaleu, falar dela sempre valerá.